Número do chassi: o que significa e onde consultar?
Número do chassi: o que significa e onde consultar?
O número do chassi é o documento de identidade de um automóvel composto por 17 caracteres, números e letras que não se repetem.
A sequência alfanumérica é oficialmente chamada de número de identificação do veículo (VIN) e traz informações sobre o modelo, ano de fabricação e origem do automóvel.
O número de chassi dos carros brasileiros segue a mesma regra que os carros ao redor do mundo, obedecendo à resolução 4030 da ISO desde 1981.
O VIN serve não só como identificação veicular, mas também como sistema antifraudes. Por estar presente em mais de uma parte do carro (motor ou carroceria), as autoridades podem reconhecer documentos adulterados em caso de furto ou roubo, por exemplo.
Assim, um carro roubado, ainda que tenha uma documentação forjada, ainda pode ser identificado após uma análise mais criteriosa em suas partes.
Mas não é só para evitar crimes. O VIN também é muito importante para o recall. Como uma concessionária pode receber veículos de diferentes montadoras, é por meio do número do chassi que as marcas identificam e convocam carros com falhas que podem pôr pessoas em risco.
Para complementar, o número de série do carro (os últimos cinco dígitos), constam nos vidros dos automóveis.
O que significa o número do chassi?
Para entender todas as informações contidas no número do chassi, é necessário dividir a combinação alfanumérica em partes.
São elas:
- Identificador de Fabricantes Mundial (WMI);
- Seção Descritiva do Veículo (VDS);
- Seção Indicadora de Veículo (VIS)
1. Identificador de Fabricante Mundial (WMI)
O WMI corresponde aos três primeiros caracteres do número do chassi e indica o local de produção e fabricante de um veículo.
A primeira letra ou número indica o continente em que o carro foi produzido. A segunda indica o país de origem. O terceiro caractere identifica o fabricante do veículo.
Por exemplo: um carro da Volkswagen feito no Brasil teria o código 8BW ou 9BW.
A lista de códigos de continente dos carros é esta a seguir:
- A a H: África
- J a R: Ásia
- S a Z: Europa
- 1 a 5: América do Norte
- 6 a 7: Oceania
- 8 a 9: América do Sul
2. Seção Descritiva do Veículo (VDS)
Essa segunda parte é a que possui maior variação, visto que cada fabricante tem suas próprias regras e padrões de uso. Contudo, nesta parte está descrito: modelo, versão, tipo de carroceria, motor e itens de segurança.
Ou seja, aqui estão os detalhes do automóvel em si.
3. Seção Indicadora de Veículo (VIS)
A última parte do número do chassi aponta dados de fabricação do carro, como ano, modelo, local de produção do país e número de série.
Para o ano de fabricação, a regra diz que deve ser representado por letras de A (1980) a Y (2000) e pelos números de 1 (2001) a 9 (2009). Quando as possibilidades se esgotam, voltam as letras e números do começo.
Ou seja, um Uno Fire no seu lançamento em 2001 teria parte do código VIS como Y1.
Uma curiosidade interessante é que as letras I, O e Q não são usadas no número do chassi por serem facilmente confundidas com os números 1 e 0, o que poderia dificultar a leitura e aumentar as chances de falsificação.
Como fazer a consulta de chassi
A consulta de chassi é importante em alguns momentos. O primeiro deles é na transferência de veículo, quando o potencial comprador quer verificar se existem pendências ou problemas envolvendo o carro em questão.
Para isso, basta procurar as caixas correspondentes ao número do chassi no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) na frente e verso do documento. Como falamos no artigo sobre transferência, vendedores que se recusam a oferecer o VIN podem ter algum tipo de problema com o veículo.
Além disso, se quer verificar as marcações no carro, basta conferir com a montadora ou importador na homologação da Marca|Modelo|Versão. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), esses locais precisam seguir a NBR nº6066 Item 4.4.1 da resolução nº24/1998.
Também é possível conferir no DETRAN do seu estado a situação legal de um automóvel através do VIN, incluindo o pagamento de IPVA, taxa de licenciamento e seguro obrigatório.
Outras informações de compra, venda e transferência também estão presentes na consulta, incluindo as multas e autuações ligadas ao carro.
A consulta de chassi é tão importante quanto a verificação de gravame do veículo.
Remarcação de chassi: o que é e quando é necessário fazer?
A remarcação de chassi ocorre quando a identificação original do carro é danificada e exige uma nova identificação para registro e acompanhamento do histórico do veículo.
Essa danificação pode ocorrer em casos de oxidação natural, acidente ou adulteração fraudulenta em casos de furtos e roubos (para reapropriar o veículo mudando sua origem e propriedade).
No caso de sinistros, quando as seguradoras cobrem os danos do carro, também é comum que ocorram remarcações. Sempre que há remarcação, as empresas precisam enviar o resultado ao Detran para novo registro.
Ou seja, normalmente a remarcação de chassi vem acompanhada de algum evento turbulento no histórico do veículo que exige uma averiguação.
Por isso, ao realizar a consulta do histórico do veículo ou do número de chassi, é importante saber se houve casos assim.
Como funciona a remarcação de chassi?
O número de chassi, como já explicamos anteriormente aqui no blog, é um código com letras e números misturados, marcado em diversas partes do veículo (como o motor, assoalho, vidro, carroceria etc.)
Carros mais antigos e com pouca conservação podem sofrer de ferrugem e precisar de remarcação. Isso é especialmente relevante para cidades próximas do mar, cujo processo de enferrujamento é acelerado.
Para pedir a remarcação do chassi é necessário estar com a documentação do veículo em dia, incluindo as multas, licenciamento e IPVA.
A autorização para a execução do serviço de remarcação tem prazo de 30 dias e a numeração passa a constar com o código adicional REM no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) e no chassi, logo abaixo dos numerais.
Qual a desvantagem da remarcação?
O principal ponto negativo da remarcação de chassi envolve a desvalorização do veículo para revenda, chegando a causar uma queda de 30% em relação à tabela FIPE - além de desmotivar alguns compradores.
Financiamentos também podem sofrer alguns problemas, com valores de entrada mais altos e opções de pagamento mais limitadas, visto que a procedência do veículo é questionada na negociação e as instituições financeiras passam a ver mais riscos na transação.
Também é comum encontrar carros com chassi remarcado em leilões. Mas nesse caso é necessário atenção especial já que o pagamento é à vista e o estado do carro nem sempre é dos melhores.
Como saber o motivo da remarcação?
É possível saber se o chassi é original através de consultas usando informações do próprio carro (como o CRLV) e as fornecidas pelo revendedor. Alguns sites do Detran no Brasil permitem essa consulta de informações com a numeração.
Além disso, as fabricantes disponibilizam a consulta de chassi dos automóveis comercializados nos próprios sites, o que já facilita muito a busca.
De maneira complementar, é possível contratar empresas especializadas na consulta de histórico do veículo para realizar essa tarefa para você, caso tenha dúvidas ou não tenha tempo para fazer essa busca.
Seguros aceitam veículos com remarcação?
Como regra geral, a recusa ou aceitação das seguradoras varia de acordo com critérios próprios estabelecidos. A remarcação de chassi pode até ser um deles (na hora de aferir o risco de cobertura de um veículo), mas não será a única razão para recusar o carro.
Por isso, é sempre realizada uma análise de riscos, avaliando as chances de novos sinistros ou a possibilidade de novos danos ao chassi que exijam outras remarcações.
Como fazer a remarcação de chassi corretamente?
Cada estado tem sua regulamentação. Por isso, as exigências dos Detrans para remarcação de chassi podem variar.
No geral, são exigidos documentos dos motoristas e dos automóveis, como CRLV, documento de identidade, notas de venda, comprovantes de compra, requerimentos, comprovantes de residência e mais.
Alguns estados cobram a taxa de vistoria para aferir o chassi. E, com a autorização em mãos, é necessário realizar a remarcação em uma oficina credenciada pelo site do Detran. Após a remarcação, novos documentos podem ser solicitados pela entidade visando comprovar a regularidade do procedimento.
No caso de roubos e furtos, são exigidos boletins de ocorrência criminais e laudos. Em acidentes, é necessário emitir um BOAT (Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito).
Como evitar chassis adulterados
Para começar, uma consulta de histórico do veículo pode auxiliar. Além disso, uma vistoria cautelar também é capaz de proteger os compradores de fraudes nesse sentido.
A própria consulta da placa do carro pode fornecer informações de procedência e histórico. E a averiguação de furos e lacres no chassi ajuda a identificar os sinais de fraude.
Para não ter esse tipo de dor de cabeça, o ideal é comprar um carro seminovo numa loja de qualidade com veículos de procedência sempre vistoriados por especialistas.
Como garantir uma compra de seminovo com o número de chassi correto?
O ideal, nesse caso, é procurar por uma organização ou loja reconhecida pela confiança na escolha dos automóveis e na qualidade dos carros apresentados.
Só assim será possível eliminar a chance de aquisição de veículo furtado ou fraudado, visto que os vendedores são obrigados a realizar vistorias técnicas precisas nos veículos para garantir uma revenda adequada.
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